História do Holocausto
quarta-feira, 10 de junho de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Aprendendo com Anne Frank - SENAC ACLIMAÇÃO
Em 3 de abril de 1946, o mundo conheceu a tragédia de Anne Frank, que se tornou um dos símbolos do holocausto: artigo intitulado Kinderstem ("A voz de uma criança") publicado no jornal holandêsHet Parool contava trechos do diário da menina que havia sido morta em campo de concentração.
Anne nasceu na Alemanha em 1929. Seu verdadeiro nome era Annelies Marie, mas todos em sua família a chamavam carinhosamente de "Anne". Ela era a segunda filha do casal Otto e Edith Frank. Sua irmã, Margot, era quatro anos mais velha.
O pai era um homem de negócios e um oficial condecorado que lutou no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1934, quando o nazismo fez aumentar as perseguições aos judeus na Alemanha, a família mudou-se para Amsterdã, na Holanda.
As filhas do casal foram matriculadas em escolas locais, onde se saíram muito bem nos estudos: Margot demonstrava maior aptidão para matemática, enquanto Anne demonstrava maior interesse em leitura e redação.
Em 1938, Otto Frank e um sócio, Hermann van Pels, fundaram uma empresa nova. O sócio também era um judeu que havia fugido com a família para a Holanda. Em 1939, a avó materna de Anne Frank veio morar com a família e permaneceu com eles até sua morte em janeiro de 1942.
Bernard Kats
O alemão Bernard Kats conta que foi na escola que ele percebeu que algo estava errado em sua vida e no país. "Eu tinha que usar uma estrela de seis pontas na roupa, e de repente senti que meus amigos não eram mais meus companheiros. Todos eram doutrinados a evitar o contato com os judeus", conta. Como bons alemães que eram, ele e a família obedeceram às ordens do Estado, e se apresentaram na plataforma de trem no horário marcado, sem saber ao certo aonde iriam. Depois de dois dias em um vagão apertado, sem se alimentar e fazer necessidades,Kats viu sua mãe pela última vez na entrada do campo de concentração de Auschwitz. Depois de passar quatro anos indo de um campo para o outro, em uma das viagens de caminhão, conseguiu ajuda de escoteiros franceses. Terminada a guerra, o desafio era outro: como sobreviver em um mundo civilizado novamente?
Alexander Liberman
"É cobra. Pode jogar no bicho que dá cobra", diz, com um sorriso largo, o taxista aposentado Alexander Liberman sobre o número marcado em seu antebraço esquerdo: A18.534. O bom humor certamente o ajudou a chegar aos 80 anos e não dá pistas do que a vida lhe reservou até aqui. Aos 9 anos, levou um tiro e passou por sete campos de concentração na Polônia, Alemanha, Áustria e Bósnia. Perdeu pai, mãe e três irmãos, mortos pelos nazistas. Com o fim da Segunda Guerra, foi levado para a Rússia e conheceu Josef Stalin. Soldados soviéticos ficaram tão impressionados com seu precário estado de saúde que decidiram mostrá-lo ao ditador. Em 1947, embarcou no navio Exodus para Israel, que levava ilegalmente refugiados judeus, mas acabou preso na ilha de Chipre após confrontar tropas inglesas que interceptaram o navio. Mais tarde, já sargento do Exército israelense, foi atingido por estilhaços de duas granadas durante a Guerra de Independência do país. Uma delas o deixou surdo de um ouvido. Tudo isso até os 21 anos de idade.Aos 25, veio para o Brasil, onde foi motorista de táxi até cerca de dois anos atrás nas ruas do Rio de Janeiro. E só recentemente ganhou coragem para contar sua história: "Antes eu me revoltava... Agora conto porque já estou no final... É lógico que me emociono lembrando, já tive muito pesadelo com isso. Mas não tenho mais. O que tinha que passar, passei. Perdi tanta coisa na minha vida... Mas agora estou tranquilo."
Henryk Duszyk
Henryk Duszyk, 80, também sobreviveu ao campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, onde foi registrado com o número 192.692. Duszyk tinha 10 anos em 1944 quando foi levado com seu pai, irmão e madrasta para o campo. Eles foram separados no caminho e Duszyk viu seu pai somente uma vez mais antes dele ser morto no campo. Ele e os demais membros da família permaneceram em Auschwitz até o campo ser desmantelado pelos soviéticos em 1945.
Halina Brzozowska
Halina Brzozowska, 82, mais uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, comandado pelos nazistas. Brzozowska tinha 12 anos quando sua família foi levada para o campo de Pruszkow. Na ocasião, ela e sua irmã mais nova, de 6 anos, foram levadas de trem a Auschwitz-Birkenau. Brzozowska diz ser difícil falar sobre o que aconteceu com sua família e que sente que sua infância foi roubada.
Lajos Erdelyi
Lajos Erdelyi, 87 anos, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, comandado pelos nazistas, guardou um desenho feito por um dos prisioneiros do campo. Erdelyi foi levado para o mortal local em maio de 1944 e, tempos depois, foi levado para outro. Quando foi libertado, pesava menos de 30 kg, mas tentou andar até sua casa. No meio do caminho, desmaiou e foi levado ao um hospital por um agricultor.
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